10 de Fevereiro de 2025

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GERAL Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2023, 10:11 - A | A

Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2023, 10h:11 - A | A

MULHERES NO COMANDO

Candidata ao cargo de juiz substituto, advogada pode fazer história no TRE de MT

Redação

Na cena jurídica de Mato Grosso, uma mulher se destaca não apenas por sua carreira sólida na advocacia, mas também por sua coragem em almejar um papel de destaque na Justiça Eleitoral. A Dr. Joeli Castelli, advogada, pós-graduada em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Previdenciário, empresária, mãe, filha e membro ativo da BPW Cuiabá, atualmente representa o Conselho do Consumidor, ela almeja uma posição onde a última vez que uma mulher assumiu foi em 2009.

Com mais de 10 anos de experiência na advocacia, Joeli é a única mulher entre os 13 candidatos que se inscreveram para a vaga de juiz membro substituto na categoria jurista, que será desocupada no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) em 2024. A candidatura de Joeli é respaldada não apenas pela sua expertise jurídica, mas também pela sua atuação em diversas áreas do direito, incluindo cível, empresarial e direito do agronegócio.

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A decisão de Joeli de se candidatar reflete um movimento crescente em direção à igualdade de gênero nos espaços de poder, onde recentemente, a juíza Ana Cristina Mendes, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, durante uma palestra sobre "Mulheres na Democracia" em 29 de novembro, destacou a importância das mulheres conquistarem espaços e exercerem seu poder.

 

No mesmo evento, a Desembargadora Serly Marcondes também abordou a questão da participação feminina em debates, ressaltando com dados de uma universidade americana, que as mulheres enfrentam interrupções mais frequentes e são remuneradas menos do que os homens ao desempenharem as mesmas funções. Essa disparidade, segundo ela, é um reflexo da desigualdade estrutural de gênero nas instituições e no poder judiciário.

A Dr. Joeli Castelli, ao buscar essa posição no TRE, torna-se parte de uma mudança significativa no cenário político e judicial de Mato Grosso.

Ainda no debate, a desembargadora citou que pela primeira vez na história, a Justiça Regional Eleitoral do estado de Mato Grosso tem duas mulheres à frente, e também no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, as posições de presidente e vice-presidente são ocupadas por mulheres de grande engajamento político.

Conforme os dados apresentados pela desembargadora, apesar do eleitorado brasileiro ser majoritariamente feminino, com 52%, as mulheres ainda enfrentam desafios para alcançar representação significativa na política e ainda são minoria. Em 2020 foram eleitas 551 prefeitas, ou seja 12,1% contra 4.750 prefeitos, 87,9%, para a câmara municipal foram eleitas 9196 vereadoras , 16%, contra 48265 vereadores , totalizando 84%.

A desembargadora relatou que as mudanças estão acontecendo e espera que 2024 haja mais avanços na democracia, para que isso aconteça é preciso que haja uma transformação na cultura da sociedade, para que seja dada voz ativas as mulheres nos diversos setores e ressalta que a transformação na cultura da sociedade é essencial para dar voz ativa às mulheres em todos os setores.


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