O homem de 22 anos que fez a própria mãe como refém, na manhã desta quarta-feira (16), no bairro CPA IV, em Cuiabá, teve um surto psicótico que foi potencializado pelo uso de drogas, segundo o tenente-coronel Roque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Ele manteve a mulher em cárcere para tentar escapar de uma nova internação. A esposa e a filha de três meses, que chegavam no momento do fato, perceberam que ele estava fora de si e não entraram na casa. Ao todo, foram cerca de duas horas de negociações.
“Tudo transcorreu dentro que esperávamos. Teve picos de momentos mais exaltados, mas acabou com ele concordando com o que propomos. Estava apenas ele a mãe dele. A mãe tinha acionado o Samu para poder fazer a medicação e conduzi-lo para uma unidade hospitalar, visto que ele faz uso de medicamento controlado e já estava há um certo tempo sem utilizar”, explicou o tenente-coronel.
Além disto, o surto psicótivo foi potencializado pelo uso de entorpecentes que o homem fez, enquanto esteve mantendo a mãe como refém. Na chegada do Bope, ele ameaçava a mulher com uma faca, mas depois ficou mais tranquilo e não apontou a arma branca mais para a vítima.
A revolta do homem aconteceu porque ele não queria mais ser internado, o que já havia ocorrido outras vezes. Ele também está utilizando tornozeleira eletrônica, mas o tenente-coronel não soube especificar por qual crime.
Após a negociação, que durou duas horas, o homem foi atendido pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para uma unidade de saúde. Ele deverá ser internado novamente para realizar tratamento.
No total, 14 homens do Bope estiveram no local para atender a ocorrência, sendo que dois snipers foram posicionados. “Esta é uma das nossas missões, temos uma equipe que fica de prontidão para dar apoio em situações desta natureza em Cuiabá e todo estado”. Não houve feridos na ação.