09 de Fevereiro de 2025

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AGRONEGÓCIO Segunda-feira, 03 de Fevereiro de 2025, 14:44 - A | A

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CHUVAS

Atraso no plantio do algodão por causa das chuvas preocupa produtores em Mato Grosso

30 municípios no estado decretaram emergência devido às condições climáticas

Redação

Com as fortes chuvas que atingiram Mato Grosso nas últimas semanas, a preocupação com o atraso no plantio do algodão se intensificou entre os produtores, o que aumenta os desafios do setor para cumprir os prazos da semeadura da safra 2024/2025. No estado, 30 municípios já decretaram emergência devido aos prejuízos causados pelas tempestades. 

Segundo o último boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a semeadura do algodão até 24 de janeiro seguia abaixo do esperado. Apenas 28,57% da área projetada foi semeada, o que representa uma queda de 48,48% em comparação com o mesmo período da safra passada. 

"Esse atraso preocupa, pois o ciclo do algodão é sensível a fatores climáticos, e qualquer alteração no cronograma de plantio pode afetar a produtividade da colheita", afirma o presidente da Associação Mato-Grossense de Produtores de Algodão (AMPA), Orcival Guimarães. 

Maior produtor de algodão do Brasil, Mato Grosso tem enfrentado diversos alertas de chuvas fortes. E essa cultura depende diretamente da colheita da soja para o seu plantio. De acordo com o Imea, menos de 5% da área plantada do grão já foi colhida, acumulando prejuízos no campo. 

"Atualmente, os produtores vivem a incerteza sobre o total da área de algodão que será plantada, já que a semeadura não será realizada dentro da janela ideal por causa da chuva. O aumento de tempo para a colheita da soja já representa um impacto imenso, não só para o algodão, como também para o milho", avalia o presidente da AMPA. 

"Esse atraso pode afetar tanto a rentabilidade dos produtores quanto a oferta de pluma de algodão para a indústria têxtil, que depende de uma produção estável e previsível. A expectativa agora é que as condições climáticas melhorem e que os produtores consigam recuperar o tempo perdido", enfatiza Orcival.


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